Associação entre Hemoglobina Glicosilada e Síndrome Coronária Aguda no Diabetes Tipo 2
Hiperglicemia crônica em pacientes diabéticos tipo 2 aumenta o risco de eventos microvasculares. Entretanto, o valor prognóstico dos níveis séricos da hemoglobina glicosilada ou glicada (HbA1c) em pacientes com aterosclerose coronária ainda não está bem definida e permanece controversa.
Os autores de um estudo publicado no Archives of Medicine and Health Sciences procuraram determinar a relação entre estas duas entidades clínicas em pacientes da Índia com Diabetes tipo 2.
O estudo, tipo caso-controle, distribuiu os pacientes em 2 grupos: grupo A, pacientes diabéticos com síndrome coronária aguda (SCA) e um outro grupo B controle de pacientes diabéticos sem SCA documentada.
Foram incluídos pacientes de ambos os sexos com idade compreendida entre 40 e 80 ano, com diagnóstico de diabetes mellitus (segundo os critérios da American Diabetes Association) em tratamento.
Foram incluídos 120 pacientes (60 em cada grupo). A média de idade foi de 64 anos para ambos os grupos. O tempo médio de duração do diabetes foi de 9 anos e 9.2 anos respectivamente.
A associação entre o nível de HbA1c e a SCA foi estatisticamente significativa (OR=4.92, p=0.0001), após ajuste dos factores de confusão. A diferença dos níveis de hemoglobina glicosilada entre os grupos foi muito significativa (p<0.0001), e mesmo quando analisado em subgrupos de idade, presença de hipertensão, dislipidemia e tabagismo.
Os autores deste estudo concluem que os níveis de HbA1c estão fortemente associados com a ocorrência de SCA, sendo mais significativa em pacientes com HbA1c > 7%.
Fonte: Archives of Medicine and Health Sciences
Autores: Raju Hosuru Narayana et al